quinta-feira, 30 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 25

Fonte: World Of O
No desafio de hoje, recuperamos a análise do quarto dia da série Route to Christmas de 2016, que nos levou até à Republica Checa, ao Campeonato da Europa de Distância Longa.

A pernada em análise é a quarta do percurso da Elite Feminina, com uma impressionante distância linear de 3km, cujo perfil se apresenta seguidamente:
Como se pode observar, trata-se de um terreno com grandes elevações e fortes declives nas vertentes, o que obriga a escolher devidamente o caminho a seguir, sob risco de perder muito tempo e energia...

Para ajudar a interpretar o relevo, "iluminámos" o mapa, assinalando a reentrância principal (Azul) e traçando três curvas de nível, com equidistância de 75 metros entre elas: a mais baixa (verde) corresponde à cota do ponto 4, a intermédia (Castanho) corresponde à cota do ponto 4 e a Magenta representa os pontos de maior altimetria do mapa.


Assim identifica-se facilmente que existe uma elevação dominante à esquerda (Sul) que desce para dois "esporões", o mais elevado ao centro, com duas colinas e outro menor, que desce até ao ponto 4. Como é normal, havendo esporões, também há reetrâncias. A mais profunda atarvessa toda a parte superior do mapa, de sul para norte, enquanto a segunda está na parte inferior do mapa, começando na zona dos pontos 1 e 2 e descendo pelo 3.

Com base nesta análise e nas escolhas das atletas, identificam-se apenas duas opções:

 Opção A: sair pela esquerda, subir pelo colo, descer pelo caminho e apanhar o caminho que segue na encosta, à curva de nível, até chegar à zona do 6-7, onde se inicia a descida até ao ponto 4.

Opção B: sair pela direita, subir pelo colo, descer tudo, primeiro pela reentrância, depois pelo trilho. Entrar na reentrância da esquerda e subir pelo caminho à direita, até ao ponto. 

Analisando o perfil das opções, temos:
A opção A consegue evitar quase todo o ascendente, acumulando pouco mais de cinquenta metros, mas percorre uma distância ligeiramente superior a 4,2km, sempre por caminhos.

A opção B enfreta quase o tripo do desnível, com quase 150 metros de ascendente acumulado, poupando cerca de seiscentos metros de distância face à A, com uma parte da descida fora de caminhos a constituir um risco adicional em termos de progressão...

De seguida, apresentamos os dados GPS das atletas disponibilizados no worldofo:
A análise dos dados permite-nos constatar que o desempenho na opção A foi claramente superior, conferindo uma vantagem de cerca de dois minutos face aos melhores registos da opção B...



terça-feira, 28 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 24

Fonte: World of O
O desafio de hoje foi selecionado da série Route to Christmas de 2019 - dia 12 e leva-nos até à Finlândia, à localidade de Muurame, a nordeste de Tampere, onde decorreu a Kurko Cup, uma  famosa prova de orientação noturna.

A pernada escolhia tem uma distância linear de 1,1km, e decorre num mapa com um misto de floresta com zonas habitacionais, tendo dois tipos de condicionantes: as elevações significativas e uma conjugação de áreas privadas com áreas proibidas e falésias intransponíveis que impedem a navegação pela linha direta:
Como se infere pelo perfil, existem duas elevações dominantes, com uma reentrância profunda entre elas, o que aconselha a identificar opções mais "largas" face à linha de pernada. Assim, conjugando esta análise com a observação do mapa, identificam-se três opções genéricas (cada uma delas pode apresentar variações quer na saída quer na abordagem ao ponto):
Opção A: descer e apanhar a estrada da esquerda, seguir pela estrada que sobe a reentrância ao centro, subir à esquerda na zona residêncial e atacar o ponto pela linha mais curta, entre os edifícios.
Opção B: sair para a direita subindo a meia encosta até apanhar o caminho. Continuar pela estrada da direita contornando a área residêncial. Atacar o ponto subindo a reentrância.
Opção C: descer e apanhar a estrada da direita de modo a contornar o monte pela base, entrando depois na opção B.
Analisando os perfis das opções verificamos que:
A opção A consegue evitar totalmente a primeira elevação mas, como desce até ao fundo da reentrância, acaba por acumular cerca de 100 metros de ascendente, numa distância de 2,06 km.
A opção B evita o ponto mais alto do monte e as áreas impeditivas, acumulando cerca de 140 metros de ascendente em 1,7km. A navegação noturna na encosta de floresta no início da opção pode condicionar a velocidade de execução mas a redução da distância face a A e C pode ser vantajosa para atletas mais lentos.
A opção C, tal como a B, evita a parte mais alta do monte, mas baseia-se quase sempre em estrada, presentando um ascendente de cerca de 120 metros e 2,04km.
Tratando-se de uma prova noturna, é importante avaliar também a abordagem ao ponto 6 que nos parece claramente mais facilitada nas opções B e C.

Apresenta-se de seguida as opções dos atletas que disponibilizaram o track GPS: 
Constata-se que as três opções são razoavelmente equilibradas em termos de desempenho, com os melhores registos a surgirem na Opção C, mas com diferenças de tempo pouco relevantes... 

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 23

Fonte: WorlOfO
No desafio de hoje voltámos à série Route to Christmas, de onde escolhemos o 21.º dia da série de 2014.

Trata-se da pernada 11 de um percurso M21E dos campeonatos regionais de França, disputados a norte de Lion, num mapa com relevo bastante acentuado, numa área florestal em que coexistem áreas de floresta limpa que permite uma boa progressão, de vegetação rasteira que reduzem substancialmente a velocidade, de floresta jovem que reduzem a visibilidade e a progressão e áreas de vegetação densa (verde escuro) que impedem a passagem dos atletas.

A pernada apresenta uma distância linear de 1,3km e tem como principal condicionante a existência de um cume bastante significativo no último terço.
Analisando o perfil verificamos que o ponto 11 está à uma cota superior em quase 150 metros ao ponto 10 e que a subida ao cume do monte implica um acréscimo de ascendente de quase 75 metros. Como a parte mais alta do cume assume um formato cónico, existe alguma margem para gerir as opções de forma a reduzir desnível, aumentando distância, identificando-se quatro opções genéricas:
Opção A: sair para a esquerda, contornar o monte por Oeste aproveitando os caminhos existentes e atacar o ponto pelo limite da área semi aberta.
Opção B: seguir a linha da pernada, desviando apenas dos verdes e das zonas rochosas no topo e atacar o ponto a partir da falésia.
Opção C: seguir a opção B e derivar para a direita na bifurcação de caminhos, de forma a contornar o monte por Este, atacando o ponto pelo limite de vegetação.
Opção D: seguir pela direita apanhando o caminho transversal à encosta de modo a contornar o monte pelo extremo Este, atacando o ponto à curva de nível.
A opção A é a mais longa com 1,9km mas poupa 25 metros de ascendente face à pernada (e à opção B), maximiza a navegação em caminhos e tem uma linha de ataque segura baseada no limite de vegetação.
A opção B é a mais curta, com 1,4km, mas enfrenta a totalidade do desnível e a zona pedregosa no topo do monte. A falésia é um ponto de ataque seguro.
A opção C é a mais equilibrada entre distância, com 1,5 km e o desnível, onde poupa 50 metros de ascendente. O ataque ao ponto baseado na linha do limite de vegetação é razoavelmente seguro.
A opção D é a que melhor evita o desnível, poupando 75 metros de ascendente, mas acrescenta alguma distância, chegando aos 1,7km. O ataque ao ponto é menos seguro que nas restantes opções.

De acordo com os dados disponibilizados no World of O, estas foram as opções do atletas:

A melhor opção foi de François Gonon pela opção A com uma vantagem de um minuto sobre Olivier Tranchant que executou uma variante entre a B e C (parece-nos que teria ganho tempo se tivesse optado por executar a C). A opção B foi claramente mais lenta.

Apesar de ninguém ter realizado a opção D, achamos que seria interessante ver o tempo que Gonon faria neste percurso, uma vez que reduz significativamente a distância e o desnível face à opção tomada pelo atleta...

From my Window Temp-O


Decorreu no passado sábado dia 25 de abril mais um evento de Virtual-O, um conceito que entrou no nosso quotidiano neste ao período de confinamento.

João Pedro Valente brindou-nos com um evento que nos demonstra que uma ideia aparentemente simples pode constituir uma oportunidade de treino (ou de competição) bastante desafiante...

3.º Desafio da 5.ª Estação
A ideia simples consistiu em pegar num mapa de iniciação com quase duas décadas, que representa o condomínio de um prédio, fazer a atualização "à vista", tirar fotos a partir da janela de casa e introduzir balizas de orientação criando os desafios de Temp-O...

A prova decorreu numa única etapa com cinco estações de cinco desafios, no sistema de mass start, ou seja, o tempo começa a contar no momento em que o formulário fica disponível e termina com a submissão do mesmo, garantindo assim mais justiça na "competição" por evitar que o mesmo atleta possa beneficiar da vantagem de participar mais do que uma vez com diferentes nomes. 

A prova contou com mais de setecentos participantes, registando-se um claro domínio por parte da Itália, que, com cinco atletas nos nove primeiros, dominou a classificação por países, seguida da Alemanha, Espanha, Polónia e Portugal, entre catorze países com, pelo menos, cinco atletas. 

A nível individual a vitória foi para Alessio Tenani, com vinte e cinco respostas corretas em 6:05, seguido da também italiana Viola Zagonel, com mais quatro segundos e de Pavel Ptacek, o checo que tinha sido segundo na prova de Cádiz, com 6:22. 

O melhor atleta nacional foi Nuno Pires, em 16.º da geral, seguido de Edgar Domingues, em 21.º e Nuno Pedro, do CAOS, com 46.º.

O CAOS participou com cinco atletas, classificando-se em 55.º entre os 71 clubes com um mínimo de três atletas.

Os desafios da prova continuam disponíveis para formação/treino no seguinte endereço.

Próximos eventos de Virtual-O:






domingo, 26 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 22

Fonte: Livelox
No desafio de hoje atravessamos o Atlântico e vamos até aos Estados Unidos da América, mais propriamente, a Hudson Mils, no estado do Michigan, onde em maio de 2019 decorreu decorreu o Open Spring Peach Mountain.

O mapa de Peach Moutain apresenta um relevo que nos lembra o montado alentejano, mas com algumas zonas de vetetação que prejudica a visibilidade.

A escolha recaiu na terceira pernada do percurso de dificuldade técnica mais elevada, e apresenta uma distância linear de 821 metros com o seguinte perfil:
Apesar de aparentemente plana, o terreno ondulado desaconselha a navegação em linha reta, apresentando-se duas alternativas genéricas:
Opção A: descer pela esquerda, navegando à curva de nível e atacar o ponto contornando os verdes.
Opção B: subir à direita, apanhar o caminho, seguir pelo estradão, sair em direção ao poste de alta tensão, atravessar entre os limites de vegetação. Entrar nos verdes junto ao esporão e atacar o ponto a partir da colina.
Analisando as opções, constata-se que são praticamente equivalentes, com a A ser 60 metros mais curta que a B.
A opção B compensa com o recurso ao caminho um pouco mais de desnível. A diferenciação entre as opções poderá estar na abordagem ao ponto, que na opção B, tem que ser feito a partir do verde (contornar aumenta consideravelmente a distância...

Desempenho dos atletas em prova:
 

Uma vez mais as opções dos atletas não nos permite tirar boas conclusões.
O melhor registo é de Tim Williams (vermelho), com uma opção que, no início, se assemelha à B, mas seguiu demasiado pelo estradão e acabou por contornar todo o esporão para atacar o ponto.
O único atleta que adotou uma solução parecida com as que propomos, foi Igor Guskov, na opção A (laranja), fez o segundo registo, mas parece ter perdido tempo por ter aberto demasiado a trajetória no início...

Desafio da Quarentena - 21

Fonte: Livelox
O desafio de hoje leva-nos até ao sudeste da Letónia, à localidade de Daugavpils, junto à fronteira com a Lituânia e com a Rússia.

A escolha recaiu na terceira pernada de um percurso de treino realizado na semana passada e tem uma extensão de 828 metros.
Analisando o perfil confirma-se que a altimetria não constitui obstáculo, pelo que os constrangimentos à escolha das opção são a transitabilidade fora de caminhos e nas zonas pantanosas.
Assim, identificam-se três opções genéricas:

Opção A: sair pela esquerda, a azimute, e apanhar o trilho junto ao primeiro pântano. Contornar o segundo pantano pela esquerda e atacar o ponto a partir do marco.
Opção B: seguir a linha, apanhar o caminho junto ao segundo pântano e virar à direita no caminho que atravessa o pântano. Atacar o ponto a partir do marco.
Opção C: sair pela direita e apanhar o trilho, contornando o pântano pela direita. Atacar o ponto a partir das colinas.
Analisando os perfis das opções verifica-se que A e B são muito equivalentes, podendo, inclusivamente, haver combinações entre partes das duas opções. 
A opção B pode representar algum risco na travessia do pântano.
A opção C é cerca de 130 metros mais longa, mas permite simplificação e, consequentemente, um ritmo superior...

De seguida apresentam-se as opções dos atletas participantes:

Os dados não são conclusivos uma vez que a maioria dos atletas denota hesitação e translação entre opções e nenhum dos atletas executou as opções que nós aqui apresentámos.
É curioso registar que a travessia do pântano parece ser segura, uma vez que os tempos mais rápidos seguiras essa variante...

sábado, 25 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 20

Fonte: Livelox
No desafio de hoje, vamos até ao extremo oposto do globo, mais precisamente, a Chungcheong, na Copreia do Sul, onde em novembro de 2019 se disputou a Asia Cup.

O móbil para esta escolha foi, acima de tudo, a curiosidade de apresentar um terreno diferente...

Trata-se de uma prova de distância média, disputada em Boeun, no centro do país, num terreno tipicamente continental, com relevo acentuado, linhas de água profundas e vegetação abundante que limita fortemente a visibilidade em praticamente toda a extensão do mapa.

A pernada em análise (12-13) é a última do percurso M21E e tem uma extensão de apenas 369 metros:
Analisando o perfil, verifica-se que existe uma elevação muito significativa na pernada, e o ponto de chegada está a uma cota inferior ao ponto de partida.
Assim, identificam-se duas opções:
Opção A: seguir a linha, subindo a elevação. Descer pelo trilho da reentrância e no final virar à direita para o ponto.
Opção B: sair para a direita, passar a linha de água e apanhar o caminho contornando toda a elevação. Ao entrar no parque de diversões, seguir os carris até ao ponto.
Analisando os perfis das opções, verifica-se que a A replica o perfil da pernada, acrescentando cerca de 40 metros.
A opção B evita o desnível na sua totalidade mas, em contrapartida, duplica a distância.

De seguida apresentamos as opções dos atletas em prova e o respetivo desempenho nesta pernada, conforme dados disponibilizados no Livelox:

Pelos dados disponibilizados, a melhor opção era, claramente, contornar. 
Não obstante, os dados poderão não ser totalmente conclusivos uma vez que só quatro atletas disponibilizaram os dados GPS e o melhor registo nesta pernada pertenceu a Tanikawa, com 3:03. 
Adicionalmente constata-se que os dois atletas que optaram por subir, cometeram erros de navegação e não desceram pelo trilho, perdendo muito tempo.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 19

Fonte: Livelox
No desafio de hoje, continuamos no norte de Itália, cerca de vinte quilómetros a sul de Trento, numa localidade chamada Altopiano della Vigolana onde decorreu, em maio de 2019, a quarta prova da Coppa Italia.

A prova disputou-se a mil metros de altitude, numa zona de floresta limpa, mas o terreno apresenta um declive muito acentuado, com muitas linhas de água e ravinas. 

A pernada em análise (3-4) tem uma distância linear de 629 metros e apresenta o seguinte perfil:

Embora à primeira vista pareça ter muito desnível, trata-se de uma ilusão de ótica gerada pelo esporão, uma vez que ambos os pontos estão à mesma quota. No entanto, devido à irregularidade do terreno, é desaconselhável navegar à curva de nível, fora de caminho, identificando-se duas opções: 

Opção A: sair à curva de nível até ao caminho, descer até ao triângulo e atacar o ponto subindo pela reentrância. 
Opção B: sair à curva de nível até ao caminho, subir pelo caminho da direita. Antes do caminho cruzar a reentrância mais pronunciada, sair para a esquerda, passar essa reentrância e atacar o ponto a partir do esporão.
Analisando os perfis das opções, verifica-se que a opção A é oitenta metros mais extensa e tem todo o ascendente na abordagem ao ponto, fora de caminhos. A opção B, tem a parte do percurso fora de caminhos a descer, no ataque ao ponto...

De seguida apresentamos as opções dos atletas em prova e o respetivo desempenho nesta pernada, conforme dados disponibilizados no Livelox:

Esta análise permite-nos verificar que, apesar de os tempos serem muito equivalentes, o melhor registo foi obtido por Alessio Tenani na opção B.
No entanto, numa análise mais ao pormenor, constatamos que todos os outros atletas escolheram uma variante da opção B, optando por continuar pelo caminho saindo só depois da reentrância, o que acrescenta, no mínimo, quarenta metros à opção, fazendo toda a diferença...

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 18

Fonte: www.livelox.com
No desafio de hoje, vamos até aos Alpes Italianos, a uma aldeia chamada San Ulderico de Trento, situada entre as cidades de Vicenza e de Trento, onde se disputou, no passado mês de janeiro um treino da seleção italiana.

O percurso, de distância longa, e com uma distância linear de 7,9km decorreu a uma altitude entre os 800 e os 1000 metros, num mapa com áreas de forte declive e muitos locais de vegetação densa que prejudica a visibilidade.

A pernada que apresentamos tem uma distância de 892 metros e o seguinte perfil:
O percurso em análise tem uma diferença de quotas de -50 metros (o ponto de chegada está 50 metros mais abaixo), mas apresenta, pelo meio, uma elevação.
As opções todo-o-terreno atravessam, logo de início, um conjunto de reentrâncias com linhas de água e vegetação, pelo que são, de todo, desaconselháveis. 
Assim, identificam-se apenas duas opções:

Opção A: pela esquerda, aproveitando os trilhos existentes a meia encosta e as áreas abertas, atacando o ponto a descer a reentrância.
Opção B: pela direita, seguindo o caminho até à aldeia e daqui, pelo caminho da encosta atacando o ponto da ruína.
Analisando o perfil das opções verifica-se que em ambas há um acréscimo significativo da distância.
A opção B parece mais simples em termos de navegação, permitindo um ritmo de corrida superior, mas tem uma distância superior à Opção em 350 metros.

Com base nos dados disponibilizados no Livelox, o melhor tempo foi registado por Marco Orler, na Opção A, com 7:19, a um ritmo de 6:02/km.
Na opção B, Francesco Mariani demorou mais 42 segundos, com um ritmo médio de 5:07/km.

De seguida, apresentamos as opções e os tempos dos atletas participantes:

Fonte: www.levelox.com


quarta-feira, 22 de abril de 2020

Desafio da Quarentena - 17

Fonte: www.worldofo.com
O desafio de hoje leva-nos até às florestas do sul da Eslovénia, próximo da fronteira com a Itália e foi analisado no número 16 da série Route to Christmas de 2017.

Trata-se da sétima pernada do percurso M21E do Lipica Open, disputado em março desse ano.
Trata-se de uma pernada curta e praticamente sem desnível, no entanto, estamos a falar de um terreno cárstico, com muitos detalhes e com a particularidade da maioria dos detalhes de relevo estarem cartografados de forma negativa, ou seja, em muitas áreas o terreno tem que ser lido através da interpretação de uma sucessão de depressões. Este aspeto conjugado com áreas de visibilidade reduzida pela vegetação pode levar os atletas a perder tempo considerável.

Deste modo, apresentam-se três opções genéricas (cada uma delas pode ter diversas variações, mas o que está em causa é o tipo de navegação a utilizar):

Opção A: sair pela esquerda, evitando as áreas com maior detalhe de relevo e seguir pelo caminho.  Atacar o ponto a partir da colina junto ao caminho, utilizando as áreas semi-abertas até entrar na reentrância do ponto. 
Opção B: seguir a linha da pernada, utilizando os muros como referências lineares de apoio à navegação e usar a depressão como ponto de ataque.
Opção C: descer para a direita aproveitando os trilhoes existentes, seguir pela àrea aberta. Ao entrar novamente na floresta (branco), virar à esquerda e apanhar a reentrância do ponto.
Analisando os perfis, verifica-se que:
A opção A permite utilizar um ritmo de corrida mais alto na segunda parte da opção do que a opção B, podendo assim compensar o acréscimo de distância.
A opção B é cerca de 150 metros mais curta que as outras. Devido ao terreno, a progressão será mais lenta mas os muros garantem segurança na navegação.
A opção C é a que conjuga maior distância e desnível, mas permite executar a pernada sem grande necessidade de navegação (simplificação) e com um ponto de ataque razoavelmente seguro.

Analisando os dados GPS dos atletas participantes, verifica-se que o melhor registo foi de 3:49, pela opção C, no entanto, os tempos das outras opções não ficam muito longe, sendo de 3:56 na opção B e de 4:26 na A (neste caso, o atleta cometeu um erro de navegação que o fez perder mais de vinte segundos).

O Mundo da Orientação, em Inglês World of Orienteering é uma iniciativa de Jan Kocbach que reúne no seu site www.worlfofo.com notícias da orientação publicadas nos principais sites da modalidade e dos melhores atletas mundiais. Todos os anos, em dezembro, o autor disponibiliza um conjunto de desafios diários de escolha de opções numa série designada por "Route to Christmas".
Nestes desafios, escolhemos as pernadas mais interessantes, selecionamos algumas opções de itinerário e fazemos a respetiva análise através de gráficos de altimetria...