segunda-feira, 29 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 75


No desafio de hoje analisamos a décima segunda pernada do escalão M21 na prova de distância lonha do WOC2018, disputado na Letónia.

A pernada, que sucede à do desafio de ontem, tem uma distância de 1,1km e corta perpendicularmente duas reentrâncias, tendo como principal constrangimento uma área interdita a meio da pernada, que coloca aos atletas a opção de contornar pela esquerda ou pela direita.

Opção A: contornar pela esquerda.
Opção B: contornar pela direita.
Embora exista uma terceira opção, que consiste em descer e contornar as elevações pela esquerda, subindo a seguir ao 21 ou junto à área interdita, não a considerámos para análise porque implica um acréscimo de distância para o dobro, sem reduzir significativamente o desnível...


Analisando o perfil das opções constata-se que são equilibradas quer em distância quer em desnível. A opção A assume o maior desnível na parte final enquanto a B o faz logo à saída do controlo. à primeira vista, a B poderá apresentar menor risco de navegação...

Opções dos atletas:


Os dados GPS confirmam o equilíbrio entre as opções, com Frederic Tranchand e Ruslan Glibov a realizarem exatamente o mesmo tempo, com 7:47.
Os atletas que optaram por contornar registaram perdas na ordem dos 3 minutos, um acréscimo de quase 50% face aos melhores registos.




sábado, 27 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 74



No desafio de hoje continuamos em Turaida, na Letónia, para analisar a décima primeira pernada do escalão M21 no percurso de distância longa do WOC2018.
A pernada tem 0,6km, atravessa duas reentrâncias e, tal como a do desafio de ontem, decorre numa encosta que desce da direita para a esquerda...

Opção A: contornar a elevação pela esquerda até ao rio, subir antes da falésia e atacar o ponto a partir da curva do caminho.

Opção B: seguir a linha desviando apenas para aproveitar o caminho na subida.

Opção C: subir e contornar as reentrâncias pela direita, à curva de nível.

Analisando o perfil das opções, confirma-se que a opção B replica o perfil da pernada, assumindo 650 metros de distância e cerca de 75 de desnível. A opção A reduz o desnível para cerca de 40 metros através de um aumento de 200 metros de distância, enquanto a C assume um desnível de 50 metros no início da pernada, mas com a distância a chegar quase a 1km.

Opções dos atletas:


Analisando os dados GPS verifica-se que a grande maioria dos atletas escolheu a opção direta (B), com Olav Lundanes a conseguir o melhor registo com 5:47, com uma vantagem de um minuto face aos melhores registos das outras variantes. O melhor registo pela opção C foi de Aron Bako perdendo 3 minutos, enquanto Gene Beveridge, pela A, perdeu cerca de 5 minutos. 



sexta-feira, 26 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 73


No desafio de hoje abordamos a nona pernada do percurso M21 na prova de distância longa do WOC 2018, disputado em Turaida, na Letónia.



A pernada, com 2,5km de distância linear, decorre numa encosta, cruzando várias reentrâncias bastante pronunciadas, que apresentam uma orientação geral de Oeste (uma zona plana com áreas de cultivo, à direita na imagem) para Este até à margem do rio.
Face à distância da pernada e às múltiplas opções de navegação existentes decorrentes do relevo e da existência de diversas áreas vegetação densa, identificamos as opções como estratégia de navegação e não propriamente como uma rota efetiva:


Variante A: pela esquerda descendo tudo e subindo apenas no esporão do ponto.
Variante B: seguir a linha procurando evitar as reentrâncias de maior profundidade.
Variante C: pela direita passando na zona do ponto 4 e seguindo pelo trilho que passa na elevação antes do ponto.


Analisando o perfil das opções verifica-se que a B segue o perfil geral da pernada, evitando algumas reentrâncias sem acréscimo significativo de distância. A opção A consegue reduzir o desnível para metade, evitando as reentrâncias, mas acrescenta 600 metros ao percurso e a C neutraliza quase todo o desnível com um acréscimo de quase 800 metros.

Opções dos atletas:

 
Considerando os dados GPS disponibilizados, verifica-se que a maioria dos atletas optou por variantes da A, descendo pela esquerda O melhor registo pertenceu a Olav Lundanes com  13:32, batendo Rusian Glibov, o melhor da opção B, por cerca de 50 segundos. A melhor marca em variantes de C foi para Milos Nykodym, já com uma perda na casa dos 2 minutos...
A título de curiosidade, referência para a opção do coreano Seongbeom Heo com uma opção totalmente pela direita, por estrada, que duplicou quer a distância da pernada quer o tempo gasto por Lundanes...


quinta-feira, 25 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 72



Nos próximos desafios vamos até à Letónia para analisar opções do World Orienteering Championship 2018 - WOC 2018, disputados na região de Turaida.
No desafio de hoje abordamos a quinta pernada do escalão masculino na prova de distância longa.
Trata-se de uma pernada relativamente curta, com 0,7 km que decorre de Este para Oeste cortando perpendicularmente um conjunto de reentrâncias que tem início num planalto localizado à esquerda da imagem. Deste modo, como as reentrâncias ficam mais profundas do lado direito, só iremos considerar as opções à esquerda da linha:

Opção A: subir pelo esporão, apanhar o trilho, atravessar o planalto e infletir para a direita atacando o ponto pela área pantanosa.

Opção B: subir pelo esporão, atravessar a primeira linha de água e contornar no limite das reentrâncias. Atacar o ponto após o último esporão, aproveitando a passagem no branco junto à linha de água.

Opção C: seguir a linha desviando apenas das reentrâncias mais profundas. Atacar o ponto após o último esporão, aproveitando a passagem no branco junto à linha de água.

Analisando o perfil das opções, verifica-se que o desnível da pernada não é muito significativo e, para o reduzir, é necessário incrementar distância.
Assim, a opção C evita as reentrâncias mais profundas acrescentando 20 metros de distância aos 660 metros da pernada. A B evita quase todas as reentrâncias e acrescenta 90 metros, enquanto a A utiliza o planalto, evitando o desnível, mas acrescenta 170 metros à pernada...

Opções dos atletas:


Analisando os daods GPS dos atletas verifica-se que o melhor tempo foi obtido por Frederic Tranchand pela opção C, batendo por cerca de 20 segundos Leonid Novikov que optou por uma variante da C contornando o último esporão pela direita e por 25 segundos Mathias Kyburz que escolheu a opção B.
O único atleta que optou pela opção A foi Andrey Salin, que obteve um registo bastante modesto perdendo quase dois minutos ao falhar o ataque ao ponto...






quarta-feira, 24 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 71

No desafio de hoje continuamos na Noruega, na Norges Cup 2018, desta feita para analisar a quarta pernada do percurso de distância média do escalão M21E.
A pernada tem uma distância de 0,97km e atravessa uma elevação, tendo, no primeiro terço, algumas falésias que impedem a navegação pela linha. Como o topo da elevação fica à esquerda da pernada, não existe nenhuma opção vantajosa pela esquerda...

Opção A: desviar da primeira colina pela esquerda e a elevação principal pela direita, atacando o ponto a partir do último esporão.

Opção B: desviar da primeira colina pela direita, atravessar a área pantanosa procurando aproveitar o trilho existente. Atacar o ponto a partir do último esporão.

A análise do perfil das opções permite verificar que não existe uma grande diferenciação entre elas, com a distância a opção B cerca de 30 metros mais longa, mas conseguindo poupar cerca de 15 metros de desnível...

Opções dos atletas:


Analisando os dados GPS confirma-se o equilíbrio entre as opções com Paul Sirum a registar o melhor tempo, com 5:46, pela opção B, batendo por apenas 11 segundos Vegard Danielsen, que optou pela A. 
Os atletas que optaram por outras variantes mais extensas registaram perdas superiores a 30 segundos... 




terça-feira, 23 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 70


No desafio de hoje vamos até à Noruega para analisar a de cima quinta pernada do escalão M21 na etapa de distância Ultra Longa da Norgescup 2018, disputada em Høydalsmo.
Trata-se de uma pernada relativamente curta, com 0,75 km, sensivelmente a meio do percurso de 20,4km com 810 metros de desnível! A pernada atravessa uma pequena elevação e é cortada por duas zonas de falésias, o que impede a navegação sobre a linha...
 
Opção A: sair pela esquerda, descendo a reentrância para apanhar o caminho junto à lagoa. Seguir até à curva e atacar o ponto tendo como referência o relevo e as falésias.
Opção B: sair pela direita contornando os topos das colinas e navegando pelas reentrâncias e colos. Atacar o ponto a partir do esporão entre as áreas pantanosas.
Analisando o perfil das opções verifica-se que a opção B consegue evitar a maior parte do desnível da pernada com um incremento de apenas 50 metros de distância, mas assume o risco da navegação sem caminhos. A opção A aproveita faz a maior parte do percurso em caminho, sendo mais segura na navegação, mas acrescenta mais de 300 metros à distância, o que pode ser significativo numa prova ultra longa...

Opções dos atletas:


Analisando os dados GPS disponíveis, verifica-se que Olav Lundanes tem o melhor registo, pela opção A, com 5:29, enquanto Hans Petter Mathisen perde 20 segundos, obtendo o segundo melhor tempo, seguindo uma variante um pouco mais longa da opção B.



domingo, 21 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 69


No desafio de hoje despedimos-nos da Cerkno Cup 2018 com a análise da décima oitava pernada do escalão masculino, que tem como ponto de partida a do desafio de ontem
A pernada em análise tem uma extensão de 1,1km, decorre em subida, atravessando diversas reentrâncias e tem como principal condicionante a existência de uma área interdita nas pistas de ski que obriga a atacar o ponto do cimo da encosta, de sul para norte. Esta situação aliada ao facto de se tratar de uma encosta íngreme que desce de sul para norte, inviabiliza qualquer opção para a direita da linha da pernada havendo, no entanto, múltiplas opções pela esquerda...
Opção A: sair pelo caminho da esquerda, passar junto à chegada e atacar o ponto a partir da curva do caminho.
Opção B: subir ao topo do esporão, apanhar o caminho até final da área aberta, continuar pela floresta até ao teleférico, subir e atacar o ponto do limite da área interdita.
Opção C: sair pela direita e descer até ao caminho. Subir na área aberta até à esquina da vedação, seguindo depois pela floresta até ao teleférico, subir e atacar o ponto do limite da área interdita.
Opção D: sair pela direita e descer até ao caminho, seguindo até à última reentrância antes da pista de ski. Subir a reentrância até ao teleférico, atravessar a pista de ski e atacar o ponto do limite da área interdita.

Analisando o perfil das opções, verifica-se que a A é a mais longa e enfrenta um desnível de quase 100 metros, mas permite navegar com segurança sempre pelo caminho.
As opções C e D são as mais curtas, com cerca de 1,4km. A C distribui o desnível ao longo da pernada enquanto a D aproveita mais o caminho, mas deixa todo o desnível para o último terço da pernada.
A opção B equilibra mais a distância com o desnível, com 1,5km e 75 metros de desnível...

Opções dos atletas:


Pelos dados GPS disponíveis, o melhor registo foi, mais uma vez, de Tim Robertson, que utilizando uma variante da opção C, bateu por 45 segundos o registo de Roman Ciobanu, pela opção A. Os atletas que optaram por outras opções ou variantes perderam entre 2 e 3 minutos...


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 68


Continuamos a explorar os interessantes desafios dos percursos da Cerkno Cup 2018, na Eslovénia. Depois de termos visto as pernadas 1M1F, 28 e 10, hoje abordamos a décima sétima pernada do percurso masculino, que coincide com  a décima do percurso feminino.
A pernada tem cerca de 1,2 km de extensão e atravessa uma elevação e uma reentrância profunda, havendo inúmeras possibilidades e variantes, das quais escolhemos as seguintes: 


Opção A: contornar a elevação pela esquerda, apanhar o caminho que passa pelo triângulo e atacar o ponto a partir do fim do topo do esporão.
Opção B: contornar a elevação pela direita, apanhar o caminho que passa pelo triângulo e atacar o ponto a partir do fim do topo do esporão.
Opção C: seguir a linha, aproveitando alguns trilhos existentes.
Opção D: seguir pelo caminho da direita até à área aberta, seguir pelo caminho à curva de nível e atacar o ponto, em subida, a partir da junção dos caminhos.

Analisando o perfil da sopções, verifica-se que a opção C replica a pernada, totalizando 1,3km e 100 metros de desnível. Embora poupe algum desnível ao evitar o topo da colina e o fundo da reentrância, apresenta algum risco quer na descida fora de caminhos quer na abordagem final ao ponto. 
As opções A e B diferem apenas na forma de contornar a primeira colina, com a A mais curta, mas a arriscar um pouco mais e a B a seguir pelo caminho. Ambas conseguem reduzir significativamente o desnível (cerca de 50 metros), em troca de acréscimos de distância, respetivamente de 350 e 450 metros, face à opção C.
A opção D simplifica a navegação, mas é mais extensa que a C em 350 metros, apresentando o mesmo risco na abordagem ao ponto.

Opções dos atletas:


Analisando os dados GPS disponíveis, constata-se que em ambos os escalões o melhor registo foi obtido pela opção D, verificando-se vantagens significativas sobre os melhores registos nas outras variantes...





quinta-feira, 18 de junho de 2020

Desafio Route Choice - 67


Continuamos na Cerkno Cup 2018 para analisar a décima pernada do escalão masculino (oitava do feminino), que decorre na mesma encosta, mas em sentido inverso da do desafio de ontem.
À semelhança da de ontem, a pernada apresenta um desnível acumulado de quase 150 metros, sendo ligeiramente mais curta, com 1,35km. Neste caso, não sendo possível evitar a desnível, a opção passa pela escolha do melhor itinerário, identificando-se quatro opções:
Opção A: apanhar o caminho seguindo até ao ponto 15 e navegar pelo relevo até ao 10.
Opção B: apanhar o caminho, subir até ao ponto 13, passar no caminho junto ao 14 e atacar o ponto.
Opção C: subir para o caminho da direita, subir até ao topo do monte e apanhar o caminho até ao 10.
Opção D: subir para o caminho da direita, passar no colo descendo pelo caminho no limite do mapa e atacar o ponto a partir do 11.
Analisando o perfil das opções, verifica-se que a opção A é relativamente longa, com mais de 1,6km, não consegue evitar o desnível e apresenta algum risco na abordagem ao ponto.
A opção B é a mais curta, mas enfrenta toda a subida fora de caminhos, o que pode prejudicar o ritmo médio. A C é mais equilibrada em termos de distância e segurança, mas enfrenta todo o desnível, passando no topo da colina. A D é a mais longa, mas assenta sempre em caminho e permite distribuir o declive ao longo do percurso...

Opções dos atletas:


Analisando os dados GPS disponíveis, verifica-se a existência de resultados diferentes nos dois escalões. No masculino, Ivan Sirakov cumpriu a pernada em 10:42, pela opção D, ao passo que nas senhoras, Kristina Ivanova obteve o melhor registo pelo opção C.
A diferença nos dados não se fica por aqui: se no percurso feminino os melhores resultados surgiram na opção C, com uma diferença para o melhor registo nas outras opções superior a quatro minutos (!), nos homens os registos foram bem mais equilibrados, com Tim Robertson a obter o segundo registo, com mais 27 segundos, pela opção B e Gene Beveridge a perder 47 segundos pela C, com o quarto melhor tempo...